O informar em "com junto"

LIBERDADE DE PENSAMENTO: realidade ou utopia?

16/06/2010 07:00

Um tema como a “liberdade de pensamento” é, a meu ver, sempre atual. Existem vertentes para todos os gostos. Os que acreditam que a liberdade de pensamento é uma utopia, os que defendem a existência dela, quando se analisa situações antepassadas, entre outros.

            Me situo entre os que enxergam a ausência dessa liberdade nas entrelinhas – e até nas linhas – do que chamamos de Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que foi aprovada na França, em 26 de agosto de 1789.

Considerar-se completamente livre é um tanto ousado quando analisamos a presença de inúmeros “terceiros” ao nosso redor. Hoje, a mídia, a política, a família e a própria sociedade; nos impedem de estar à frente de nossos pensamentos, visto que nos determinam determinadas formas já prontas e esperam que nos encaixemos a elas. Assim, afirmo que, na realidade, não existem pensamentos completamente livres, mas os que moldamos às mais diversas situações.

            Falam em “voto livre”, mas me pergunto onde está esta liberdade, se somos obrigados a votar quando acreditam que estamos “preparados” para tal. Quando novos, nos dizem que devemos escolher qual profissão seguir, mas “reforçam” a todo instante – sem pausa para o almoço – que “ser médico é estar sempre com emprego garantido”. Ainda há os que defendem as “opções” sexuais, mas ouvimos, a todo instante, notícias de ataques homofóbicos contra os homossexuais. Por fim, encontramos dentro da própria mídia uma série de estereótipos que devem ser seguidos, do contrário, estaremos fora de moda.

Esta é uma parcela das cobranças com as quais estes seres, de liberdade incontestável, se deparam diariamente antes de tomarem alguma decisão ou de expor o que pensam.

Estar livre é ser fiel ao pensamos, é anular os prejulgamentos, conhecer o que diz e reconhecê-lo em qualquer outra ocasião, pois a liberdade permite o pensamento fixo e anula os que são efêmeros. A sociedade atual (aqui falo dos indivíduos) só estará próxima a este mito, quando se desprender por completo de seus preconceitos e torná-los conceitos passíveis de erro.

 

 Por: Camilla Melo.

 

Voltar

Pesquisar no site

© 2010 Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Francisco Cândido.

Crie um site grátis Webnode